Desde que coloquei meu site no ar, essa é uma das perguntas que mais recebo. E a resposta simples e direta é: sim, psicanálise é terapia.
É um método terapêutico com mais de 120 anos de história, inclusive dos primeiros que foram estruturados como terapia, de fato.
Mas, então, de onde vem essa dúvida?
A confusão sobre a psicanálise
Hoje, existem muitas abordagens terapêuticas, cada uma com suas particularidades. Assim como dentro da própria psicanálise, há diferentes escolas e maneiras de conduzir o atendimento clínico. Ou seja, não há um único jeito de enxergar e tratar as questões da psique.
Acredito que tenha um pouco disso: cada abordagem puxando pra si a tal da “verdade”.
Mas acho que vem também de um certo imaginário que se formou ao redor das sessões, do divã, da figura do Freud como se a psicanálise estivesse presa no passado.
A evolução da psicanálise
A psicanálise tem mesmo um jeitão próprio e desde sua invenção, lá em 1900, muita coisa aconteceu:
✅ As sessões não acontecem somente no divã.
✅ A frequência pode variar, mas, no geral, um encontro semanal é o que nossa vida moderna consegue.
✅ As sessões se adaptaram perfeitamente ao formato online.
✅ Novos autores ampliaram e atualizaram seus conceitos, como Melanie Klein, Winnicott, Bion, Lacan e tantos outros.
Terapia não é solução mágica
Mas é importante dizer: nenhuma terapia — psicanalítica ou não — é um atalho para a felicidade. O processo exige esforço, e muitas vezes nos coloca diante de dores e verdades difíceis de encarar.
Se alguém disser que terapia é um caminho leve, sem desafios e com quantidade certa de sessões para “curar tudo”, desconfie.
Cada pessoa tem seu caminho
A psicanálise pode ser um caminho incrível, mas não é o único.
Portanto, faça sua pesquisa! Experimente as abordagens que achar necessárias! Indico inclusive que não faça julgamentos sobre elas se você só foi a uma sessão, dê chance para que um vínculo se estabeleça e você possa realmente entender se vai funcionar.
A psique precisa de tempo e nós seres humanos precisamos de vínculos seguros para nos aprofundarmos em nós mesmos.